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sábado, 21 de abril de 2012

171 Obstétrico - Por Ana Cris Duarte


As 12 maneiras mais frequentes de enganar a mulherada.

Cesárea 171-I: Cordão enrolado
A verdade: quase um terço dos bebês nasce com circular de cordão. Mas a gelatina que recheia o cordão ajuda a impedir que os vasos se fechem. Além disso o bebê não respira dentro do útero!

... Cesárea 171-II: Pressão Alta
A verdade: A hipertensão é um problema grave, mas nos casos em que ela foge ao controle pode ser necessário induzir o parto normal.

Cesárea 171-III: Bacia Estreita
A verdade: Impossível saber o tamanho da bacia por dentro e os ossos da cabeça do bebê são soltos e se sobrepõem para passar pela bacia materna

Cesárea 171-IV: Bebê Grande
A verdade: Impossível saber o peso do bebê pelo ultrasom e os ossos da cabeça do bebê são soltos e se sobrepõem para passar pela bacia materna

Cesárea 171-V: Passou do Tempo
A verdade: A gravidez humana normal vai até 42 semanas. Passado o prazo considerado seguro, pode ser necessário induzir o parto normal.

Cesárea 171-VI: Parto Prematuro
A verdade: Bebês prematuros nascem em melhores condições se for por parto normal

Cesárea 171-VII: Diabetes Gestacional
A verdade: É uma condição em geral controlada com dieta, exercícios e medicamentos, e não tem qualquer relação com a via de parto. Nenhuma!

Cesárea 171-VIII: Bebê fez cocô (mecônio)
A verdade: O mecônio não é um problema, a não ser nos casos em que os batimentos cardíacos do bebê estão insatisfatórios, evidenciando sofrimento fetal. Mesmo assim a indicação é o sofrimento fetal, não o mecônio.

Cesárea 171-IX: A bolsa rompeu e não teve contração
A verdade: É só aguardar 24 horas e se não entrar em trabalho de parto, induzir. A indução pode levar até 48 horas para "engatar". Antibióticos podem prevenir infecção. Fácil convencer o GO de esperar 72 horas, não é mesmo?

Cesárea 171-X: Não teve dilatação
A verdade: Todas as mulheres dilatam se aguardar a fase ativa do trabalho de parto.

Cesárea 171-XI: Não entrou em trabalho de parto
A verdade: Se não for colocada numa mesa cirúrgica, toda mulher entra em trabalho de parto.

Cesárea 171-XII: Na consulta de pré natal o colo do útero está fechado
A verdade: O colo do útero em geral fica fechado. O que faz ele abrir são as contrações de trabalho de parto.

Cesárea 171-I: Pouco líquido
A verdade: A diminuição do líquido amniótico é normal e esperada no final da gestação. No caso de diminuição acentuada, pode ser necessário induizir o parto normal, o que pode levar até 48 horas. Fácil convencer o GO de esperar 72 horas, não é mesmo?



Autora: Ana Cris Duarte, obstetriz

sábado, 7 de abril de 2012

Sobre a duração da gestação...

Quantas vezes você já conversou com uma grávida que te disse que a "data limite" para o nascimento do filho era o dia X?

Muitas são informadas pelos seus obsTRETAS que a data em que se completa 40 semanas é a data "limite" para o nascimento do bebê, como se ele fosse uma bomba relógio que vai explodir se não nascer em X dias.
Quando o bebê chega no seu limite, ele NASCE.
As 40 semanas usadas nos cálculos de gestações são uma referência, uma média do período a termo de um bebê, que pode durar entre 37 e 42 semanas. Bebês não são máquinas, não se desenvolvem todos da mesma forma e no mesmo tempo e por isso, não poderiam levar o mesmo tempo para ficarem prontos. Cada organismo é um. Quando o pulmão do bebês está pronto, ele solta uma substância no líquido amniótico que desencadeira o trabalho de parto. Ou seja: se não teve trabalho de parto, o pulmão não está maduro e o bebê não está pronto.
Repare como em casos de bebês nascidos prematuramente, com 34, 35 ou 36 semanas, se não houve bolsa rota por infecção urinária ou outro tipo de infecção, e se é um trabalho de parto que começou espontaneamente, com contrações e tudo mais, dificilmente esse bebê terá desconforto respiratório, porque ele é um bebê pronto.

Quantas mulheres você conhece que fizeram cesárea porque "não entraram em trabalho de parto"? Pode apostar que a cesárea dessas mulheres aconteceu com 40 semanas ou menos, sendo que as pesquisas mostram que a maioria das mulheres primigestas (grávidas do primeiro filho) tem os seus bebês depois de 40 semanas.
A medicina baseada em evidências mostra que após 41 semanas, o risco de um bebê ter algum tipo de problema ainda no útero da mãe é três vezes maior. Ou seja, se antes de 41 semanas o risco é de 1:100, depois de 41 semanas ele passa a ser de 3:100.

A gestação passou de 40 semanas, qual a conduta agora?

A conduta é aguardar. Alguns obstetras preferem começar a obervar o bebê com mais frequência após 40 semanas. Os obstetras humanizados, que se baseiam sempre na medicina baseada em evidências, começam a observação após 41 semanas.
No meu caso, quando completamos 41 semanas, fizemos um ultrassom para verificar a vitalidade da bebê. Estava tudo ótimo com a gente.
Dois dias depois, com 41 semanas e 2 dias, fizemos um cardiotoco também para avaliar a vitalidade, e este também mostrou que a bebê estava completamente dentro da normalidade.
Com 41 semanas e 4 dias, novamente fizemos um ultrassom, que também mostrou que estava tudo certinho com a nossa pequena.

**Nota: esse ultimo ultrassom nos deu uma estimativa de peso da bebê de 3,970kg; no dia seguinte, ela nasceu com 3,575kg. A máquina do ultrassom dá uma média e o peso estimado pode variar entre 10 e 15%. Use o ultrassom para ter uma base, mas não leve ao pé da letra**

Ela nasceu no dia seguinte, MUITO bem, muito saudável, respirando super bem e super ativa. Nasceu sabendo mamar e o fez sem a menor dificuldade :-)
O nosso parto foi induzido e isso foi uma opção MINHA. Eu pedi a indução, conversei com a médica, expus os meus motivos, ela colocou os riscos e benefícios de uma indução com essa idade gestacional e eu tomei a decisão. Nunca, em momento algum, foi cogitada a hipótese de se fazer uma cesárea apenas pelo pós-datismo da gestação. A indução do parto sempre deve ser a primeira opção.

** nota mental: fazer um post sobre indução do parto - riscos, condutas e benefícios**

Como funciona o pós-datismo (gestação após 40 semanas) em outros países? (pós-data não é pós-termo hein.. pós-termo é após 42 semanas)

Nos países europeus e tb na América do Norte, a conduta é sempre induzir o parto. O tempo de indução varia de país pra país e da conduta que o obstetra escolhe adotar. A grande maioria dos países, trabalha com conduta expectante do feto (movimentos e batimentos cardíacos) e indução do parto após 41 semanas e 5 dias, ou 42 semanas.

No Brasil, a maioria esmagadora dos GOs, pelo bem de sua agenda e de seu bolso, diz para a gestante que "quer tentar normal" que 40 semanas é a data limite e que depois disso, deve ser feita uma cesárea.

Hein?
Alguma coisa errada aqui nessa terra de Meu Deus, não tem não?






quinta-feira, 5 de abril de 2012

LOUCA!

Hoje me lembrei de uma pessoa e de um fato (ou vários)...

Eu achava ótima a idéia de fazer escova no cabelo, fazer as unhas e ir lá tirar o filho da barriga com hora agendada, com tudo programadinho. Eu não tinha a menor noção do quão prejudicial isso era pro bebê (é só pegar as estatísticas e ver que o uso de UTIs neonatais não cresce proporcionalmente ao numero de nascimentos. Tem muito mais bebê sendo internado, a grande maioria deles, bebês que não estavam prontos pra nascer). Eu não tinha a menor noção do que era uma cirurgia de médio porte pra extrair um filho do útero.

Obrigada Celitcha, por ter me chamado de LOUCA muitas vezes no trabalho qdo eu falava que ia fazer cesárea eletiva. Obrigada por ter despertado a minha curiosidade.
Foi por sua causa que eu busquei o vídeo de um parto normal e de uma cesárea pra assistir. E foi por ela que eu entendi que cesárea eletiva não é parto, é cirurgia! :-)

OS DIFERENTES TIPOS DE PARTO



O PARTO NORMAL

O Parto Normal / Vaginal é aquele onde o bebê sai pela vagina (independente do método). Porém, existem diferentes tipos de parto vaginal:

Parto Normal - Tradicional

É a forma tradicional de dar a luz, nos hospitais de todo o mundo. Nesse tipo de parto a mulher passa por várias intervenções de rotina durante todo o trabalho de parto. Medidas como o enema (lavagem intestinal) e a tricotomia (raspagem dos pêlos pubianos) ainda são procedimentos de rotina em muitos hospitais. A mãe é proibida de se alimentar e de ingerir liquidos (salvo alguns raríssimos hospitais que já não estão mais fazendo restrições alimentares). A mulher é colocada no "sorinho", contendo ocitocina sintética, para aumentar o ritmo e a intensidade das contrações, o que geralmente causa uma dor muito maior do que seria a dor natural de um trabalho de parto. Também é frequentemente realizada a amniorrexe (rompimento artificial da bolsa). A analgesia já está se tornando um procedimento de rotina quando o parto acontece em hospitais privados (convênios). A episiotomia (corte cirúrgico que é feito a fim de aumentar o orifício da vulva e facilitar a expulsão do feto no momento do parto) e a manobra de kristeller (o famoso "empurra a barriga" ou "subir na barriga") também faz parte do pacote de intervenções as quais as mulheres são submetidas no parto normal tradicional. Alguns médicos usam ainda o fórceps para puxar o bebê. Enfim, esse é um método tecnocrático que não individualiza o atendimento e cria rotinas que já são comprovadamente desnecessárias e muitas vezes até prejudiciais tanto para a mãe quanto para o bebê.

Parto Normal - Natural

É o parto puramente fisiológico, como o próprio nome já diz: NATURAL. O trabalho de parto inicia espontâneamente e evolui naturalmente, sem nenhum tipo de intervenção. É possível ter um parto natural em casa, no hospital ou em casa de parto, desde que a equipe que acompanha a parturiente esteja de acordo. É muito difícil conseguir um parto natural com profissionais tradicionais, por isso as mulheres que buscam esse tipo de parto buscam as equipes conhecidas como "humanizadas".

Parto Normal - Humanizado

Nesse tipo de parto atenção é individualizada e a fisiologia do parto é respeitada, cabendo a obstetrícia acompanhar o processo e interferir somente quando for realmente necessário, ou seja, nos casos onde as intervenções são imprescindíveis para a segurança do binômio mãe/bebê. No parto humanizado a mulher tem liberdade de posição, de se alimentar, de agir como quiser. A analgesia pode ser utilizada ou não, dependendo da escolha da mulher (sendo sempre informada dos prós e contras do uso da analgesia). Em resumo, no parto humanizado o protagonismo é DA MULHER.

A CESÁREA

A cesárea (ou cesareana) é uma cirurgia utilizada para retirar o bebê de dentro do útero atráves de um corte feito no abdome da mãe, logo acima dos pelos pubianos. Existem 3 tipos de cesareana:

Cesárea Eletiva

É quando a cesárea é eleita pela paciente ou pela equipe médica como a melhor via de nascimento (independente se essa é a escolha correta ou não). Nesse caso, a decisão pela cesareana é tomada durante o pré-natal.

Cesárea Obstétrica (ou cesárea em Trabalho de Parto - TP)

A escolha inicial é pelo parto normal, porém, alguma complicação durante o trabalho de parto faz com que a equipe médica opte por intervir através de uma cesareana por acreditar que naquele momento essa é a opção mais segura. Essa decisão é tomada antes que a situação se torne uma emergência.

Cesárea de emergência/urgência

Inicialmente, a via de escolha seria o parto normal. Porém, algum evento patológico agudo torna cesárea a única opção segura. Ou seja, se a cesárea não for realizada imediatamente, há risco de morte para mãe e/ou bebê.

Por Luciana Fernandes e Braulio Zorzella

terça-feira, 3 de abril de 2012

Passou...

Ok... passou o momento revolta.

Porque é incrível. Quando alguém vem contar da cesárea eletiva linda e calma, nós temos que aceitar "a escolha" da outra, temos que achar que foi lindo... Mas quando falamos das nossas experiências, por serem diferentes, as pessoas veem como uma afronta, como uma "não aceitação" da atitude delas. Só porque eu digo que eu amei ter um parto normal e que eu não me imagino tendo uma cesárea, se a pessoa estava certa e convicta das suas escolhas, não deveria se sentir tão afetada assim né? Cada um decide com a sua consciência, com a sua certeza. E quando estamos certos do que estamos fazendo, comentários desse tipo não nos abalam.

E a crítica nesse blog sempre vai ser à cesárea (e tudo de ruim que ela pode trazer) e não a quem passa por ela. Porque muitas não tem escolha, muitas passam pelas mãos de lobos cesaristas que roubam seus partos e algumas não tem acesso a informação de qualidade. Ficam  só se baseando na cesárea "dazamiga".
Mas depois de alguns meses ou anos, quando o filho dessa amiga desenvolver pneumonia, asma, bronquite, bronquiolite etc, a "amiga" sempre vai colocar a culpa no tempo, nas outras crianças, na escolinha... mas nunca vai lembrar daquela estatística que ela leu um dia na gravidez, que crianças nascidas de cesárea eletiva, sem ter o pulmão completamente maduro, são mais frágeis e correm mais risco de apresentar esses quadros.

Daqui pra frente, é sobre mim, sobre as experiências que vivi.
O próximo post vem pra falar da importância de ter uma rede de apoio durante a gestação!


Beijo!

Sobre a falta de informação...

Vendo facebooks alheios por aí e durante outras conversas durante a minha gestação (e depois tb), muitas mulheres diziam ter escolhido a cesárea e que depois de se informarem, chegaram à conclusão que a cesárea era a melhor opção para ela e para o bebê.
Eu gostaria de saber por que uma mãe acha que a cesárea eletiva é uma melhor opção, se:

- Ela sabe que corre o risco de ter um bebê nascido com desconforto respiratório e que vai precisar de oxigênio e incubadora por alguns dias
- Ela sabe que qualquer cirurgia envolve riscos maiores do que deixar o corpo agir
- Deve ser traumático para o bebê estar dormindo na barriga e de repente, ser arrancado pela cabeça por um desconhecido.
- Que o bebê que nasce de cesárea vai ter seu cordão cortado imediatamente, vai sofrer um "sufocamento" e vai ser obrigado a aprender a respirar em segundos (o que normalmente levaria minutos). E que essa força que ele vai fazer com o pulmão, dói.
- Ela sabe que a passagem do bebê pelo canal de parto vai comprimir suas vias aéreas, eliminando o líquido amniótico, eliminando assim a necessidade de aspiração das viás do bebê com sondas passadas violentamente por dentro dele
- Ela fez a lição de casa direitinho e viu que as histórias de partos normais traumáticos que ela ouviu são todas resultados de intervenções desnecessárias e mal feitas, feitas por "profissionais" da saúde que seguem uma série de protocolos no corpo da mulher sem nem se perguntar e sem nem saber porque estão fazendo tudo aquilo

Alguém aí, que optou "consciente" pela cesárea eletiva, pode me dizer qual é o principal motivo da sua escolha? Não estou recriminando, apenas quero entender outros modos de pensar...

http://www.youtube.com/watch?v=rVZCLh-h8uI

E aqui, deixo o link para um post muito bom, que fala sobre o processo de "descoberta do parto" de algumas mulheres: http://www.viciadosemcolo.blogspot.com.br/2012/03/partos-mais-do-mesmo.html

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sobreviver...

Eu já tinha noção de parto normal era o melhor pra mãe e pro bebê.
Mas eu ainda era ingênua, achava que realmente todas as cesáreas aconteciam porque realmente precisavam acontecer. E tb eu nem achava que era uma situação tão grave assim, porque eu cresci aprendendo que quando o bebê tem que nascer, o médico faz um corte na barriga da mãe e tira o bebê. Achava que parto normal era o mais saudável mas que não tinha problema nascer de cesárea, afinal, eu tinha nascido de cesárea e sobrevivi.
E com o tempo e com as muitas leituras que fiz, eu entendi. Os obstetras brasileiros, em sua grande maioria, prezam mais pela sua conveniência do que pelo bem-estar do bebê.
Eles tem um papo "fofo", de que respeitam as escolhas da mulher, de que o parto quem vai decidir é a mulher. Mas nas entrelinhas, durante o pré-natal, começa o terrorismo... bebê grande, bebê pequeno, muito líquido, pouco líquido, a mulher "moderna" que não merece sentir dor, vagina larga, bacia baixa... Argumentos que nunca justificariam uma cesárea viram pontos principais na tomada de uma decisão.
O médico fofo, que manda a gestante se preocupar com o quartinho do bebê, porque do parto ele cuida, pra mim, é um grande de um vigarista.
Um médico que sugere que uma cesárea eletiva até 3 semanas antes do que o bebê poderia nascer, é um grande de um palhaço, que rouba o parto da mulher e ainda depois da cirurgia solta um comentário qualquer pra que a cesárea vire salvadora. "Ainda bem que fizemos a cesárea, pois estava com o cordão enrolado no pescoço". Quantas e quantas vezes não ouvimos isso da boca da pobre mãe depois, acreditando que o médico realmente tinha salvado a vida do seu filho? Quando na verdade, o que ele fez, foi salvar o final de semana dele... ou a madrugada de sono ao lado da esposa do conchego do lar...
Sim...
as pessoas sobrevivem a cirurgias de extração de bebê para o nascimento. Mas será mesmo que sobreviver é o suficiente? Por que não viver? Por que não curtir a experiência com todas as suas dores e delícias? Por que deixar que um médico tome uma decisão de interromper um processo fisiológico do seu corpo?

Se você for a um médico e pedir para ele tirar o seu apêndice porque vc tem medo dele inflamar e você é muito moderna pra sentir dor, você acha mesmo que é viável fazer esse tipo de cirurgia? E por que então tirar o seu filho do casulo antes do tempo, antes de ele ter os pulmões maduros, só porque você estã ansiosa e não quer sentir dor?

E você acha mesmo que todas as cesáreas que acontecem no Brasil são necessárias? Na Holanda temos 14% de cirurgias de extração de bebê. No Brasil, são 52%... 90% no setor privado. Será que o DNA da mulher brasileira tem algum defeito? Será que o calor não deixa o colo do útero dilatar?

Foi fazendo esse tipo de análise que eu comecei a entender que o sistema de atendimento obstétrico no Brasil é temeroso, é lamentável, é desonesto...
Esse foi um dos primeiros vídeos que vi sobre o assunto e que mexeu muito comigo:

http://www.youtube.com/watch?v=mLa55FVO6Mw

sábado, 31 de março de 2012

O início da grande mudança

Eu era dessas meninas q achava super prático fazer escova, fazer a unha, passar em casa pegar a malinha da maternidade e se mandar pra fazer aquela cesárea agendadinha, com hora marcada. Ué... tanta gente faz assim e dá certo... É legal assim né?
Um belo dia, fazendo pesquisas no Google, caí no Blog Mamíferas. E ali, numa noite de novembro de 2009, dois meses depois do meu casamento, o meu coração entendeu a mensagem. E o meu cérebro percebeu que não cabia à uma mãe decidir qual era a melhor hora para um bebê nascer. Quem determina esse tempo é o bebê. Assim como não seria justo determinar a hora da morte de uma pessoa, não seria justo determinar a hora em que um bebê vai fazer a sua grande passagem do útero para o mundo. É grande demais para que uma pessoa interfira.
E comecei a explorar o Mamíferas. Em uns 3 dias, li praticamente todos os posts. E eu já me via transformada. Aquela idéia da cesárea eletiva já não habitava os meus planos. E foi ficando cada vez mais longe, em um passado distante e muito ingênuo. Ficou pra trás, junto com a minha ingenuidade, que me fazia acreditar que um ginecologista e obstreta (GO) é quem deveria determinar os rumos do parto de uma mulher.

É uma transformação que começa de dentro pra fora. É uma porta que eu destranquei por dentro, pra só depois poder absorver as mensagens. Seria muito mais fácil jogar a responsabilidade nas mãos de outra pessoa e não ter que pensar em nada. Mas, será que seria a melhor forma de viver? Será que "sobreviver a uma cesárea eletiva" seria o suficiente para o meu bebê, que ainda nem era planejado, nem esperado e estava tão distante da minha realidade?

Eu tinha muito tempo pra refletir...