Quer ler um texto muito bom sobre parto e protagonismo?
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Um blog para falar das minhas escolhas nessa grande jornada que é a maternagem.
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sexta-feira, 6 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Medicalizando a vida
Desde que engravidei tenho pensado em como estamos inseridos em uma sociedade completamente medicalizada.
Para quase tudo, nunca se acha que o corpo humano dará "conta do recado". É vitamina pra isso, complexo pra tal coisa, complemento não sei do que...
Quantas e quantas mulheres recebem a prescrição médica de tomar vitaminas até o final da gestação? Será que são mesmo necessárias?
Eu acredito que uma boa alimentação dá sim conta do recado muito bem.
Eu tomei apenas o ácido fólico quando estava grávida, até as 14 semanas. Depois disso, não tomei mais nada. E durante toda a gestação me preocupei em ingerir muitas verduras, muitos legumes, proteína e pouco açúcar. Minha filha nasceu muito saudável e eu tb não tive problemas nem durante e nem depois da gestação. Essa pra mim, foi a prova de que a vitamina é desnecessária e não deve ser prescrita como padrão para todas as mulheres. Cada uma, como sempre e em todos os aspectos da gestação, deve ser analisada individualmente.
Dentro desse contexto, dá pra perceber que essa medicalização e essa falta de confiança no corpo permeia muitos aspectos da nossa vida.
É a mulher que não pode sentir dor de cabeça, é a mulher que não pode sentir cansaço pois faz jornada tripla e toma uma dose extra de energia em cápsulas, é a mulher que dá todos os complexos vitamínicos para os seus filhos sem acreditar na força do seu leite...
Qual seria o papel dos médicos nisso tudo?
Qual é a força da indústria farmacêutica dentro dos consultórios médicos?
Tudo entra em um mesmo pacotão: vitaminas prescritas por rotina durante o pré-natal, vitaminas prescritas por rotina para os bebês, a idéia de que ficar doente é crime, vacina para tudo quanto é tipo de doença e que as mães são incentivadas a darem sem ao menos conhecerem a doença e suas formas de contágio, a mãe que acha que seu corpo é assassino e vai matar o bebê bomba-relógio exatamente 1 hora após completar 40 semanas, médicos que medicalizam os partos fazendo 15mil intervenções, mães achando que parto é um evento perigoso (já que os médicos "tem" que fazer tanta coisa pra ficar tudo bem), médicos tornando os partos mais perigosos por suas intervenções de aceleração que depois resultam em uma cesárea salvadora...
Onde vamos parar?
Para quase tudo, nunca se acha que o corpo humano dará "conta do recado". É vitamina pra isso, complexo pra tal coisa, complemento não sei do que...
Quantas e quantas mulheres recebem a prescrição médica de tomar vitaminas até o final da gestação? Será que são mesmo necessárias?
Eu acredito que uma boa alimentação dá sim conta do recado muito bem.
Eu tomei apenas o ácido fólico quando estava grávida, até as 14 semanas. Depois disso, não tomei mais nada. E durante toda a gestação me preocupei em ingerir muitas verduras, muitos legumes, proteína e pouco açúcar. Minha filha nasceu muito saudável e eu tb não tive problemas nem durante e nem depois da gestação. Essa pra mim, foi a prova de que a vitamina é desnecessária e não deve ser prescrita como padrão para todas as mulheres. Cada uma, como sempre e em todos os aspectos da gestação, deve ser analisada individualmente.
Dentro desse contexto, dá pra perceber que essa medicalização e essa falta de confiança no corpo permeia muitos aspectos da nossa vida.
É a mulher que não pode sentir dor de cabeça, é a mulher que não pode sentir cansaço pois faz jornada tripla e toma uma dose extra de energia em cápsulas, é a mulher que dá todos os complexos vitamínicos para os seus filhos sem acreditar na força do seu leite...
Qual seria o papel dos médicos nisso tudo?
Qual é a força da indústria farmacêutica dentro dos consultórios médicos?
Tudo entra em um mesmo pacotão: vitaminas prescritas por rotina durante o pré-natal, vitaminas prescritas por rotina para os bebês, a idéia de que ficar doente é crime, vacina para tudo quanto é tipo de doença e que as mães são incentivadas a darem sem ao menos conhecerem a doença e suas formas de contágio, a mãe que acha que seu corpo é assassino e vai matar o bebê bomba-relógio exatamente 1 hora após completar 40 semanas, médicos que medicalizam os partos fazendo 15mil intervenções, mães achando que parto é um evento perigoso (já que os médicos "tem" que fazer tanta coisa pra ficar tudo bem), médicos tornando os partos mais perigosos por suas intervenções de aceleração que depois resultam em uma cesárea salvadora...
Onde vamos parar?
terça-feira, 3 de abril de 2012
Sobre a falta de informação...
Vendo facebooks alheios por aí e durante outras conversas durante a minha gestação (e depois tb), muitas mulheres diziam ter escolhido a cesárea e que depois de se informarem, chegaram à conclusão que a cesárea era a melhor opção para ela e para o bebê.
Eu gostaria de saber por que uma mãe acha que a cesárea eletiva é uma melhor opção, se:
- Ela sabe que corre o risco de ter um bebê nascido com desconforto respiratório e que vai precisar de oxigênio e incubadora por alguns dias
- Ela sabe que qualquer cirurgia envolve riscos maiores do que deixar o corpo agir
- Deve ser traumático para o bebê estar dormindo na barriga e de repente, ser arrancado pela cabeça por um desconhecido.
- Que o bebê que nasce de cesárea vai ter seu cordão cortado imediatamente, vai sofrer um "sufocamento" e vai ser obrigado a aprender a respirar em segundos (o que normalmente levaria minutos). E que essa força que ele vai fazer com o pulmão, dói.
- Ela sabe que a passagem do bebê pelo canal de parto vai comprimir suas vias aéreas, eliminando o líquido amniótico, eliminando assim a necessidade de aspiração das viás do bebê com sondas passadas violentamente por dentro dele
- Ela fez a lição de casa direitinho e viu que as histórias de partos normais traumáticos que ela ouviu são todas resultados de intervenções desnecessárias e mal feitas, feitas por "profissionais" da saúde que seguem uma série de protocolos no corpo da mulher sem nem se perguntar e sem nem saber porque estão fazendo tudo aquilo
Alguém aí, que optou "consciente" pela cesárea eletiva, pode me dizer qual é o principal motivo da sua escolha? Não estou recriminando, apenas quero entender outros modos de pensar...
http://www.youtube.com/watch?v=rVZCLh-h8uI
E aqui, deixo o link para um post muito bom, que fala sobre o processo de "descoberta do parto" de algumas mulheres: http://www.viciadosemcolo.blogspot.com.br/2012/03/partos-mais-do-mesmo.html
Eu gostaria de saber por que uma mãe acha que a cesárea eletiva é uma melhor opção, se:
- Ela sabe que corre o risco de ter um bebê nascido com desconforto respiratório e que vai precisar de oxigênio e incubadora por alguns dias
- Ela sabe que qualquer cirurgia envolve riscos maiores do que deixar o corpo agir
- Deve ser traumático para o bebê estar dormindo na barriga e de repente, ser arrancado pela cabeça por um desconhecido.
- Que o bebê que nasce de cesárea vai ter seu cordão cortado imediatamente, vai sofrer um "sufocamento" e vai ser obrigado a aprender a respirar em segundos (o que normalmente levaria minutos). E que essa força que ele vai fazer com o pulmão, dói.
- Ela sabe que a passagem do bebê pelo canal de parto vai comprimir suas vias aéreas, eliminando o líquido amniótico, eliminando assim a necessidade de aspiração das viás do bebê com sondas passadas violentamente por dentro dele
- Ela fez a lição de casa direitinho e viu que as histórias de partos normais traumáticos que ela ouviu são todas resultados de intervenções desnecessárias e mal feitas, feitas por "profissionais" da saúde que seguem uma série de protocolos no corpo da mulher sem nem se perguntar e sem nem saber porque estão fazendo tudo aquilo
Alguém aí, que optou "consciente" pela cesárea eletiva, pode me dizer qual é o principal motivo da sua escolha? Não estou recriminando, apenas quero entender outros modos de pensar...
http://www.youtube.com/watch?v=rVZCLh-h8uI
E aqui, deixo o link para um post muito bom, que fala sobre o processo de "descoberta do parto" de algumas mulheres: http://www.viciadosemcolo.blogspot.com.br/2012/03/partos-mais-do-mesmo.html
segunda-feira, 2 de abril de 2012
Sobreviver...
Eu já tinha noção de parto normal era o melhor pra mãe e pro bebê.
Mas eu ainda era ingênua, achava que realmente todas as cesáreas aconteciam porque realmente precisavam acontecer. E tb eu nem achava que era uma situação tão grave assim, porque eu cresci aprendendo que quando o bebê tem que nascer, o médico faz um corte na barriga da mãe e tira o bebê. Achava que parto normal era o mais saudável mas que não tinha problema nascer de cesárea, afinal, eu tinha nascido de cesárea e sobrevivi.
E com o tempo e com as muitas leituras que fiz, eu entendi. Os obstetras brasileiros, em sua grande maioria, prezam mais pela sua conveniência do que pelo bem-estar do bebê.
Eles tem um papo "fofo", de que respeitam as escolhas da mulher, de que o parto quem vai decidir é a mulher. Mas nas entrelinhas, durante o pré-natal, começa o terrorismo... bebê grande, bebê pequeno, muito líquido, pouco líquido, a mulher "moderna" que não merece sentir dor, vagina larga, bacia baixa... Argumentos que nunca justificariam uma cesárea viram pontos principais na tomada de uma decisão.
O médico fofo, que manda a gestante se preocupar com o quartinho do bebê, porque do parto ele cuida, pra mim, é um grande de um vigarista.
Um médico que sugere que uma cesárea eletiva até 3 semanas antes do que o bebê poderia nascer, é um grande de um palhaço, que rouba o parto da mulher e ainda depois da cirurgia solta um comentário qualquer pra que a cesárea vire salvadora. "Ainda bem que fizemos a cesárea, pois estava com o cordão enrolado no pescoço". Quantas e quantas vezes não ouvimos isso da boca da pobre mãe depois, acreditando que o médico realmente tinha salvado a vida do seu filho? Quando na verdade, o que ele fez, foi salvar o final de semana dele... ou a madrugada de sono ao lado da esposa do conchego do lar...
Sim...
as pessoas sobrevivem a cirurgias de extração de bebê para o nascimento. Mas será mesmo que sobreviver é o suficiente? Por que não viver? Por que não curtir a experiência com todas as suas dores e delícias? Por que deixar que um médico tome uma decisão de interromper um processo fisiológico do seu corpo?
Se você for a um médico e pedir para ele tirar o seu apêndice porque vc tem medo dele inflamar e você é muito moderna pra sentir dor, você acha mesmo que é viável fazer esse tipo de cirurgia? E por que então tirar o seu filho do casulo antes do tempo, antes de ele ter os pulmões maduros, só porque você estã ansiosa e não quer sentir dor?
E você acha mesmo que todas as cesáreas que acontecem no Brasil são necessárias? Na Holanda temos 14% de cirurgias de extração de bebê. No Brasil, são 52%... 90% no setor privado. Será que o DNA da mulher brasileira tem algum defeito? Será que o calor não deixa o colo do útero dilatar?
Foi fazendo esse tipo de análise que eu comecei a entender que o sistema de atendimento obstétrico no Brasil é temeroso, é lamentável, é desonesto...
Esse foi um dos primeiros vídeos que vi sobre o assunto e que mexeu muito comigo:
http://www.youtube.com/watch?v=mLa55FVO6Mw
Mas eu ainda era ingênua, achava que realmente todas as cesáreas aconteciam porque realmente precisavam acontecer. E tb eu nem achava que era uma situação tão grave assim, porque eu cresci aprendendo que quando o bebê tem que nascer, o médico faz um corte na barriga da mãe e tira o bebê. Achava que parto normal era o mais saudável mas que não tinha problema nascer de cesárea, afinal, eu tinha nascido de cesárea e sobrevivi.
E com o tempo e com as muitas leituras que fiz, eu entendi. Os obstetras brasileiros, em sua grande maioria, prezam mais pela sua conveniência do que pelo bem-estar do bebê.
Eles tem um papo "fofo", de que respeitam as escolhas da mulher, de que o parto quem vai decidir é a mulher. Mas nas entrelinhas, durante o pré-natal, começa o terrorismo... bebê grande, bebê pequeno, muito líquido, pouco líquido, a mulher "moderna" que não merece sentir dor, vagina larga, bacia baixa... Argumentos que nunca justificariam uma cesárea viram pontos principais na tomada de uma decisão.
O médico fofo, que manda a gestante se preocupar com o quartinho do bebê, porque do parto ele cuida, pra mim, é um grande de um vigarista.
Um médico que sugere que uma cesárea eletiva até 3 semanas antes do que o bebê poderia nascer, é um grande de um palhaço, que rouba o parto da mulher e ainda depois da cirurgia solta um comentário qualquer pra que a cesárea vire salvadora. "Ainda bem que fizemos a cesárea, pois estava com o cordão enrolado no pescoço". Quantas e quantas vezes não ouvimos isso da boca da pobre mãe depois, acreditando que o médico realmente tinha salvado a vida do seu filho? Quando na verdade, o que ele fez, foi salvar o final de semana dele... ou a madrugada de sono ao lado da esposa do conchego do lar...
Sim...
as pessoas sobrevivem a cirurgias de extração de bebê para o nascimento. Mas será mesmo que sobreviver é o suficiente? Por que não viver? Por que não curtir a experiência com todas as suas dores e delícias? Por que deixar que um médico tome uma decisão de interromper um processo fisiológico do seu corpo?
Se você for a um médico e pedir para ele tirar o seu apêndice porque vc tem medo dele inflamar e você é muito moderna pra sentir dor, você acha mesmo que é viável fazer esse tipo de cirurgia? E por que então tirar o seu filho do casulo antes do tempo, antes de ele ter os pulmões maduros, só porque você estã ansiosa e não quer sentir dor?
E você acha mesmo que todas as cesáreas que acontecem no Brasil são necessárias? Na Holanda temos 14% de cirurgias de extração de bebê. No Brasil, são 52%... 90% no setor privado. Será que o DNA da mulher brasileira tem algum defeito? Será que o calor não deixa o colo do útero dilatar?
Foi fazendo esse tipo de análise que eu comecei a entender que o sistema de atendimento obstétrico no Brasil é temeroso, é lamentável, é desonesto...
Esse foi um dos primeiros vídeos que vi sobre o assunto e que mexeu muito comigo:
http://www.youtube.com/watch?v=mLa55FVO6Mw
sábado, 31 de março de 2012
O início da grande mudança
Eu era dessas meninas q achava super prático fazer escova, fazer a unha, passar em casa pegar a malinha da maternidade e se mandar pra fazer aquela cesárea agendadinha, com hora marcada. Ué... tanta gente faz assim e dá certo... É legal assim né?
Um belo dia, fazendo pesquisas no Google, caí no Blog Mamíferas. E ali, numa noite de novembro de 2009, dois meses depois do meu casamento, o meu coração entendeu a mensagem. E o meu cérebro percebeu que não cabia à uma mãe decidir qual era a melhor hora para um bebê nascer. Quem determina esse tempo é o bebê. Assim como não seria justo determinar a hora da morte de uma pessoa, não seria justo determinar a hora em que um bebê vai fazer a sua grande passagem do útero para o mundo. É grande demais para que uma pessoa interfira.
E comecei a explorar o Mamíferas. Em uns 3 dias, li praticamente todos os posts. E eu já me via transformada. Aquela idéia da cesárea eletiva já não habitava os meus planos. E foi ficando cada vez mais longe, em um passado distante e muito ingênuo. Ficou pra trás, junto com a minha ingenuidade, que me fazia acreditar que um ginecologista e obstreta (GO) é quem deveria determinar os rumos do parto de uma mulher.
É uma transformação que começa de dentro pra fora. É uma porta que eu destranquei por dentro, pra só depois poder absorver as mensagens. Seria muito mais fácil jogar a responsabilidade nas mãos de outra pessoa e não ter que pensar em nada. Mas, será que seria a melhor forma de viver? Será que "sobreviver a uma cesárea eletiva" seria o suficiente para o meu bebê, que ainda nem era planejado, nem esperado e estava tão distante da minha realidade?
Eu tinha muito tempo pra refletir...
Um belo dia, fazendo pesquisas no Google, caí no Blog Mamíferas. E ali, numa noite de novembro de 2009, dois meses depois do meu casamento, o meu coração entendeu a mensagem. E o meu cérebro percebeu que não cabia à uma mãe decidir qual era a melhor hora para um bebê nascer. Quem determina esse tempo é o bebê. Assim como não seria justo determinar a hora da morte de uma pessoa, não seria justo determinar a hora em que um bebê vai fazer a sua grande passagem do útero para o mundo. É grande demais para que uma pessoa interfira.
E comecei a explorar o Mamíferas. Em uns 3 dias, li praticamente todos os posts. E eu já me via transformada. Aquela idéia da cesárea eletiva já não habitava os meus planos. E foi ficando cada vez mais longe, em um passado distante e muito ingênuo. Ficou pra trás, junto com a minha ingenuidade, que me fazia acreditar que um ginecologista e obstreta (GO) é quem deveria determinar os rumos do parto de uma mulher.
É uma transformação que começa de dentro pra fora. É uma porta que eu destranquei por dentro, pra só depois poder absorver as mensagens. Seria muito mais fácil jogar a responsabilidade nas mãos de outra pessoa e não ter que pensar em nada. Mas, será que seria a melhor forma de viver? Será que "sobreviver a uma cesárea eletiva" seria o suficiente para o meu bebê, que ainda nem era planejado, nem esperado e estava tão distante da minha realidade?
Eu tinha muito tempo pra refletir...
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